quarta-feira, 17 de março de 2010

Leonardo,Raquel,Rafael,Quézia,Danielle,Rodrigo,Stefani e Naara !
Muitoo Show !

O que é literatura

A arte que utiliza a palavra como matéria -prima de sua criações é chamada de literatura.
Ela existe há alguns milênios.Entretanto,sua natureza e suas funções continuam objeto de discussão principalmente para os artistas,seus criadores,
A literatura,como qualquer outra arte,é uma criação humana,pr isso sua definição constitui uma tarefa tão difícil.
O homem,como ser histórico,tem anseios,necessidades e valores que se modificam constantemente.Suas criações-entre elas a literatura-refletem seu modo de ver e de estar no mundo.Assim,ao longo da história,a literatura foi concebida de diferentes maneiras.Mesmo os limites entre o que é e o que não é literatura variaram com o tempo.
Atualmente,não é comum incluir uma obra historiográfica ou um semão religioso na arte literária.

Literatura a arte das palavras

PAUSA
Mário Quitana
Quando pouso os óculos sobre a mesa para uma pausa na leitura de coisas feitas,ou na leitura de minhas próprias coisa,surpreendo-me a indagar com que se parecem o óculos sobre a mesa.
Com algum insetos de grandes olhos e negras e longa pernas ou antenas?
Com algum ciclista tombado?
Não,nada disso me contente ainda.Com que se parecem mesmo?
E sinto que,enquanto eu não puder captar a sua implícita imagem-poema,a inquietação perdurará.
E,enquanto o meu Sancho Pança,cheio de si e de senso comum,declara ao meu Dom Quixote que uns óculos sobre a mesa,além de parecerem apenas uns óculos sobre a mesa,são, de fato,um par de óculos sobre a mesa,fico a pensar qual dos dois-Dom quixote ou Sancho?-vive uma vida mais intensa e portanto mais verdadeira...
E paira no ar o eterno mistério dessa necessidade da recriação das coisas em imagens,para terem mais vida,e da vida em poesia,para ser mais vivida.
Esse enigma,eu paso a ti,pobre leitor.
E agora?
Por enquanto,ante a atual insolubilidade da coisa,só me resta citar o terrível dilema de stechetti:
"Io sonno un poeta o sonno un imbecile?"
Alternativa,aliás,extensiva ao leitor de poesia...
A verdade é que a minha atroz funçao não é resolver e sim propor enigma,fazer o leitor pensar e não pensar por ele.
E dai?
-Mais o melhor -pondera-me,com a sua voz pausada,o meu Sancho Pança-,o melhor é repor depresa os óculos no nariz.
MÁRIO DE QUITANA
(1906-1994)
Poeta sul-rio grandense
buscando sempre uma poesia
simples e despojada,publicou
mais de uma dezena de livros,
entre os quais se destacam:A rua dos cata -vento
(1940),Espelho mágico91948),
O aprendiz de feiticeiro(1950)
Caderno H(1973),Apontamento de história sobrenatural

Baum e a maravilhosa Terra de Oz

oz2Os estúdios da Warner planejam produzir um remake em 3D de “O Mágico de Oz”, filmado com grande sucesso em 1939 pelo diretor Victor Fleming (“E o Vento Levou”), que catapultou Judy Garland ao estrelato. O filme foi baseado no livro “O Maravilhoso Mágico de Oz”, do norte-americano L. Frank Baum, publicado originalmente em 1900. A obra, uma deliciosa fantasia infantil, conta a história da garota Dorothy, que depois de uma tempestade é transportada com seu cachorro Totó para uma terra desconhecida (Oz). Lá encontra, além de homenzinhos estranhos (Munchkins), muita aventura.

Baum, que já era um autor razoavelmente conhecido, colocou a mão no bolso e custeou a primeira edição, vendendo 90 mil exemplares nos dois primeiros anos. O livro tinha ilustrações do genial cartunista W.W. Denslow, que trabalhou com Baum em outros livros da série, dividindo louros e lucros. Uma guerra de egos os afastou, brigaram, e Denslow acabou comprando uma ilha nas Bermudas, onde torrou todo dinheiro ganho nos tempos de “Oz” e acabou morrendo de pneumonia, totalmente esquecido (depois John R. Neill continuou a ilustrar a série). Muitos, ainda hoje, dizem que sem as gravuras e ilustrações de Denslow o livro não seria o sucesso que foi.

A obra de Baum foi inspiração para peças de teatro, musicais da Broadway, operetas, filmes e mais filmes, livros, HQ, sendo até mote político para campanhas eleitorais. O mundo da cultura-entretenimento se ajoelhou à fantasia de Dorothy e seus amigos, o Homem de Lata, o Espantalho e o Leão (sem esquecer a vilã, a Bruxa Má, que tenta impedi-la de voltar para casa). Baum começou a escrever muito cedo, mas antes do sucesso, como ocorre com muitos escritores, enveredou por vários caminhos tendo sido jornalista, empresário, autor teatral (uma de suas peças, “Maid of Arran”, chegou a obter sucesso), mas nunca deixando de ser um entusiasta da literatura infantil (na época, esse tipo de livro tinha uma abrangência bem diferente da de hoje). Casou-se em 1882 com Maud Gage, filha de Matilda J. Gage, uma proeminente mulher, ativista de várias causas políticas, como o sufrágio universal, que era totalmente contra o matrimônio de sua filha com um aventureiro sonhador como Baum.

Cecilia Meireles


Cecília Meireles

Aqui está minha vida. Esta areia tão clara com desenhos de andar dedicados ao vento. Aqui está minha voz, esta concha vazia, sombra de som curtindo seu próprio lamento Aqui está minha dor, este coral quebrado, sobrevivendo ao seu patético momento. Aqui está minha herança, este mar solitário que de um lado era amor e, de outro, esquecimento. desenho Cecília Meireles, em desenho de Apard Szènes CECÍLIA MEIRELES "Cecília levita, como um puro espírito...Por isso ela se move, "viaja", sonha com navios, com nuvens, com coisas errantes e etéreas, móveis e espectrais, transformando em pura poesia essa caminhada. Uma das excepcionalidades de Cecília Meireles: a composição de uma poesia densamente feminina, não apenas a poesia feita por alguém que é mulher, mas obra de mulher, de um sem número de perspectivas sobre as coisas que os homens não teriam, poesia na qual uma das grandes forças é a delicadeza, e delicadeza de poeta, que transfigura a vida em canto..." Ana Cristina Cesar Ex Libris Ex-Libris de Cecília Meireles Na faixa inferior: "... como uma cegonha que sonha, que sonha e sonha..." Renúncia Sê o que renuncia Altamente: Sem tristeza da tua renúncia! Sem orgulho da tua renúncia! Abre a tua alma nas tuas mãos E abre as tuas mãos sobre o infinito. E não deixes ficar de ti Nesse último gesto! "Nasci no Rio de Janeiro, três meses depois da morte do meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas ao mesmo tempo me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno. Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento da minha personalidade." Cecília Meireles Foto Cec�lia Meireles Cecília Meireles nasceu no Rio, em 7 de novembro de 1901, mesma cidade em que morreu, a 9 de novembro de 1964. A menina foi criada pela avó materna, Jacinta Garcia Benevides. Cântico IV Tu tens um medo: Acabar. Não vês que acabas todo dia. Que morres no amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que te renovas todo dia. No amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que és sempre outro. Que és sempre o mesmo. Que morrerás por idades imensas. Até não teres medo de morrer. E então serás eterno. Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde, foi nessa área que os livros se abriram e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano.