quinta-feira, 10 de junho de 2010

História da MPB

A música popular no Brasil surgiu em meados do século XVIII como forma de expressão cultural nas principais cidades coloniais. Misturava sons indígenas, negros e portugueses com elementos da música folclórica e erudita. Nesse mesmo século aparece uma das primeiras expressões musicais brasileira: a modinha; espécie de canção lírica e sentimental. No século seguinte surgiu o choro e o samba.
No século XX, surgem as primeiras duplas sertanejas, com as chamadas modas de viola. A partir da década de 30, a rádio criava ídolos populares como: Emilinha Borba, Marlene e Francisco Alves, considerado “O Rei da Voz”. Nessa época, Governo Vargas, a censura controlava a música popular; canções de caráter político só eram veiculadas quando elogiava o país, tipo: “Aquarela do Brasil” de Ary Barroso. A década de 50 foi marcada pelo samba-canção, que falava de desventuras amorosas; também, acontecia o primeiro sucesso da música nordestina, com Luiz Gonzaga, autor de “Asa Branca”, que ficou conhecido nacionalmente como o “Rei do Baião”. Em 1958, surge a Bossa Nova, com influência no Jazz e no Samba, diferente de tudo que já havia sido produzido. A década de 60 é das canções de protesto e da Jovem Guarda, esta o reflexo brasileiro do rock internacional, que fez sucesso entre os jovens.
A sigla MPB, a partir de 1965, com o início dos festivais, passa a identificar a música popular brasileira, ou seja, a música que surge após a Bossa Nova, rompe com o regionalismo e se projeta nacionalmente. Incorpora elementos do Jazz e do Rock da Jovem Guarda, utiliza como principal tema a situação política do país. Junto com a MPB, surgem os festivais de música; o primeiro vencido com música “Arrastão” de Edu Lobo e Vinícius de Morais. No seguinte, “A Banda” de Chico Buarque e “Disparada” de Geraldo Vandré empatam em primeiro lugar. Em 1967, o maior de todos os festivais, vencido por Chico Buarque com “Roda Viva”, também tinha “Alegria, Alegria” de Caetano Veloso e “Domingo no Parque” de Gilberto Gil, lançando, assim, sementes do Tropicalismo, movimento que incorpora à MPB elementos do rock, dos ritmos estrangeiros e da cultura de massa. Nos anos 70, a MPB consagra-se como forma musical característica dos centros urbanos, que passam a reunir compositores e intérpretes espalhados pelo Brasil afora. A partir dos anos 80, o rock firma-se no mercado, com bandas como: Blitz, Barão Vermelho, Titãs, Os Paralamas do Sucesso e Legião Urbana. Nessa mesma década, a música nordestina vive outro momento de consagração, quando os ritmos do carnaval de Salvador são reconhecidos nacionalmente. Em seguida a lambada invade a Bahia e faz grande sucesso.
Dos anos 90 em diante, deu-se espaço a tudo; o Rap, com “Gabriel, o Pensador”, e seu hit Lôraburra; o Funk de Tim Maia e Jorge Benjor; Samba de Zeca Pagodinho; e muitos outros estilos vão aparecendo sempre. A tendência da MPB é a mistura de vários ritmos.
Apesar da MPB ser, cada vez mais, uma música elitizada e culta (assim é classificada), a sua história foi essa, onde aparecem todos os tipos, ritmos, modos, culturas, regiões do Brasil e suas músicas, que tanto enriqueceram e enriquecem a Música Popular Brasileira.

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